Calou-se uma voz
Quedou-se um anjo
Calou-se um canto
Velou-se um corpo
Cala-te pobre anjo
Chora por tua morte
Chora por tua estrela
Porém chora em silencio
Esvaiu-se uma flor
Calou-se o amor
Ouviu-se um grito
Escancarou-se um riso
Ouviu-se uma voz
Levantou-se um anjo
Ouviu-se um canto
Ressuscitou-se um espírito.
Edilberto Vilanova
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
O galo
O sertanejo bateu as asas
E foi para São Paulo
Eis que levou consigo um galo
E um cabrito enfeitado
E foi para São Paulo
Eis que levou consigo um galo
E um cabrito enfeitado
Antes do entardecer
O sertanejo brigava com o diabo
Foi quando Deus apareceu
Num trem hidráulico
E disse: paz para um homem cansado!
Eis que quando o trem passou
O galo cantou
E os homens acordaram para o trabalho
E antes do anoitecer
O galo voltou a cantar
E bateu as asas
E o sertanejo voltou pra casa.
Edilberto Vilanova
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Fulgor
Chegou de repente
Aquecendo meu coração
Esqueci-me do tempo
E saí da solidão
Deliro no seu corpo
No seu rosnar sonolento
Queria subir ao céu
No fulgor do pensamento
Vejo-te a todo instante
Com uma saudade latente
Quero um beijo sem fim
Quero um afago ao vento
Enche-me de vibrações intensas
Na vasta calmaria do poente
E aqueça-me em teus braços
Torne me emocional e ardente
Lecy Carvalho
Aquecendo meu coração
Esqueci-me do tempo
E saí da solidão
Deliro no seu corpo
No seu rosnar sonolento
Queria subir ao céu
No fulgor do pensamento
Vejo-te a todo instante
Com uma saudade latente
Quero um beijo sem fim
Quero um afago ao vento
Enche-me de vibrações intensas
Na vasta calmaria do poente
E aqueça-me em teus braços
Torne me emocional e ardente
Lecy Carvalho
Sonho Competitivo
Dispara ao longe
Os primeiros raios de sol
O farfalhar das folhas,
O uivo do vento
Traz o prenuncio desse novo despertas
Sons inertes, em alerta
Nos tornando dispresos
Para esse dia resplandecente
Girando em torno do universo
Um dia de luta,
Um dia de briga,
Um dia de vida
Sonhos concretizados
Outros desiludidos
E depois de exterminada
A última questão
A sorte estará lançada
Aos concorrentes da imensidão
Mas a vida é uma incognita constante
Ganhamos ou perdemos num instante
E só não ganha aquele que não tem
Coragem pra competir
Lecy Carvalho
Os primeiros raios de sol
O farfalhar das folhas,
O uivo do vento
Traz o prenuncio desse novo despertas
Sons inertes, em alerta
Nos tornando dispresos
Para esse dia resplandecente
Girando em torno do universo
Um dia de luta,
Um dia de briga,
Um dia de vida
Sonhos concretizados
Outros desiludidos
E depois de exterminada
A última questão
A sorte estará lançada
Aos concorrentes da imensidão
Mas a vida é uma incognita constante
Ganhamos ou perdemos num instante
E só não ganha aquele que não tem
Coragem pra competir
Lecy Carvalho
Rotatividade
Nas nuvens esparsas da tarde
O fim de um dia reluzente
O sol que outrora tão forte
Se escondia no poente
A lua chega de mansinho
Trazendo estrelas cadentes
E sobre a noite solitaria
Aquece corações ardentes
Agora a cidade dorme
Banhando se toda em luar
Revigorando nossas forças
Nos dando asas pra voar
Mas logo o dia amanhece
Pondo-se em rotatividade
E entre risos e burburinhos
Fortalece-se a cidade
Lecy Carvalho
O fim de um dia reluzente
O sol que outrora tão forte
Se escondia no poente
A lua chega de mansinho
Trazendo estrelas cadentes
E sobre a noite solitaria
Aquece corações ardentes
Agora a cidade dorme
Banhando se toda em luar
Revigorando nossas forças
Nos dando asas pra voar
Mas logo o dia amanhece
Pondo-se em rotatividade
E entre risos e burburinhos
Fortalece-se a cidade
Lecy Carvalho
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Retirante
Retirante
Re
Ti
Ra
A
Ti
Ra
Errante
E
Dês(ata)
Desse sono
De pedras dantes
Retirante
No horizonte
O arco(iris) se esconde
E do dragão nebuloso
Surge um trovão e um relâmpago
Um machado e uma nave
Trincheira e almo(fadas)
Uma espada e um buraco
B
U
R
A
C
O
R
A
S
O
Buraco ralo
Onde o boi bebe água
E um sapo baba
Ser-tão brabo
Onde o sol arde
E os pólos e as peles
E a flor e os pelos
Viram eletricidade
E se o fio de cobre cobrir
A entrada do buraco
RE
TI
RA
As cordas
Acorda
Forme acordes
De cada fibra
De cada fio
Com o corte nas amarras
O cordão desata as cordas
Esconda os nós
A poeira e os cipós
A nave louca anuncia
Vidasobremorte
E mortesobrevida
E da esquina do desespero
Uma vaca mocha bebe petróleo
A cada morte e vida Severina
Explode a nova bomba de Hiroxima
E Severino retirante resvala
E só a cigana louca do Pernambuco
Sabe do teu fado
Do teu reboco
Do teu rebento
Do teu cimento
Dos teu as(falto)
Do teu regaço
E ainda há carne seca no telhado
Retira
Atira
Errante
E desata
Desse sonho
De pedras dantes
Retirante
Re
Ti
Ra
A
Ti
Ra
Errante
E
Dês(ata)
Desse sono
De pedras dantes
Retirante
No horizonte
O arco(iris) se esconde
E do dragão nebuloso
Surge um trovão e um relâmpago
Um machado e uma nave
Trincheira e almo(fadas)
Uma espada e um buraco
B
U
R
A
C
O
R
A
S
O
Buraco ralo
Onde o boi bebe água
E um sapo baba
Ser-tão brabo
Onde o sol arde
E os pólos e as peles
E a flor e os pelos
Viram eletricidade
E se o fio de cobre cobrir
A entrada do buraco
RE
TI
RA
As cordas
Acorda
Forme acordes
De cada fibra
De cada fio
Com o corte nas amarras
O cordão desata as cordas
Esconda os nós
A poeira e os cipós
A nave louca anuncia
Vidasobremorte
E mortesobrevida
E da esquina do desespero
Uma vaca mocha bebe petróleo
A cada morte e vida Severina
Explode a nova bomba de Hiroxima
E Severino retirante resvala
E só a cigana louca do Pernambuco
Sabe do teu fado
Do teu reboco
Do teu rebento
Do teu cimento
Dos teu as(falto)
Do teu regaço
E ainda há carne seca no telhado
Retira
Atira
Errante
E desata
Desse sonho
De pedras dantes
Retirante
sábado, 11 de agosto de 2007
Vida
Na hora da matina
o mundo segue acelerando
a vida passa
telas;
metais;
plásticos e vidros
fazem a vida mais fácil
mas encurtam o tempo
com pressa de chegar
momento confuso de parar
a vida passa
homens a trabalhar
inertizando a vida
gritos de motores dando a partida
cuidado! vidros!
a vida passa
arvorespapeis nutrem a riqueza
movem a morte
cuidado!
homem pensando
bomba relógio
-tic,tac,tic,tac!
bum mm!
a vida passa
Eder pereira
o mundo segue acelerando
a vida passa
telas;
metais;
plásticos e vidros
fazem a vida mais fácil
mas encurtam o tempo
com pressa de chegar
momento confuso de parar
a vida passa
homens a trabalhar
inertizando a vida
gritos de motores dando a partida
cuidado! vidros!
a vida passa
arvorespapeis nutrem a riqueza
movem a morte
cuidado!
homem pensando
bomba relógio
-tic,tac,tic,tac!
bum mm!
a vida passa
Eder pereira
.............Extrapolei os sonhos!Vivenciei as mágoas. Convivi com fracos, suportei os falsos. Mantive-me em pé, mesmo com as pedras me atingindo em cheio. Varri da alma a revolta O desprezo inútil,As críticas, e a descrença falsa. Reabri meu coração à vidaLutei, Deixei reflorescer a ternura. Olhei em volta e para o céu sem fim...Contemplei a beleza das coisas mas simples e ternas ...me conformei com o mundo, me conformei com a vida.Com a vida e com o mundo......que mereci pra mim que me presentearam...Obrigada, Senhor, pela volta que a vida me fez dar.Aprendi a amar-te, sem mandamentos,Aprendi a viver sem cobranças...Aprendi a dizer e ouvir o lado das coisaspela simples razão de te amar...JOCIELMA SANTOS
A dor da saudade.........
Meus olhos banhados em prantos , demonstram a dor da saudade....
saudade de você que está tão longe de mim agora....
SAUDADE...
do abraço apertado;
do corpo colado;
do beijo roubado..............horas passadas ao sol, ao vento, ao tempo...
Tempo irremediável à volta, a gestos, a palavras..enfim a vida...
VIDA que se carrega;
AMOR que se entrega;
TEMPO que se nega;
Sem chances...vivo o passado distante e guardo de lembranças os momentos ausentes, tentando me libertar do presente eme conformar com o futuro.
Jocielma Santos.........In Goiás.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Cirurgia
Sonhos e cortes de sol
Medos, desejos e revoltas
Entrelaçados
Nas revistas e nos lençois
Sonhos e cortes de metal
O ferro marca a carne
E alma forma uma viajem
Quando repartem se os laços
E cada um toma o seu lado
E a cada novo corte
Um novo sonho é formado
Até que o corpo
Não tenha mais espaço
Para novos cortes
E na busca pelos sonhos
Encontra-se
Com o mais completo dos sonhos
Que se faz com um único corte
O corte que esgota o sangue
O sonho que completa o homem:
A morte.
Edilberto Vilanova
Medos, desejos e revoltas
Entrelaçados
Nas revistas e nos lençois
Sonhos e cortes de metal
O ferro marca a carne
E alma forma uma viajem
Quando repartem se os laços
E cada um toma o seu lado
E a cada novo corte
Um novo sonho é formado
Até que o corpo
Não tenha mais espaço
Para novos cortes
E na busca pelos sonhos
Encontra-se
Com o mais completo dos sonhos
Que se faz com um único corte
O corte que esgota o sangue
O sonho que completa o homem:
A morte.
Edilberto Vilanova
Banditismo
Há alguém a bater na porta
Será a vida ou será a morte?
Alguém a bater na porta
A vida ou a morte?
Na porta
A vida ou a morte
Porta
Vida
Morte
Na porta
A vida ou a morte
A vida ou a morte?
Morte
Será a vida ou será a morte?
Alguém a bater na porta
A vida ou a morte?
Na porta
A vida ou a morte
Porta
Vida
Morte
Na porta
A vida ou a morte
A vida ou a morte?
Morte
Um anjo camelo? (conto)
Os tempos eram outros. O cinema não tinha cadeiras confortáveis e inclinadas, daquelas que permitem a alguém sentar na frente e não incomodar os que estão atrás.
O cinema tinha cadeiras dobradas, como cadeiras de praia de luxo, no tom vermelho.
Era complicado escolher entre as pipocas e as balas. Escolhia a pipoca e ficava com saudade das balas. Não havia saco grande, médio e pequeno. Havia um saquinho e pronto.
Gostava de chegar um pouco antes de começar o filme. Assim escolhia um lugar com a frente vaga.
Durante os trailers, ansiava e me enervava com quem chegava. Um senhor com lanterna e quepe de motorista acompanhava os atrasados aos lugares que restavam. Senhores como ele, eram chamados de "lanterninhas". (essa profissão não existe mais).
Dos 7 aos 8 anos, nunca encontrei sorte. Sempre uma mesma pessoa sentava na minha frente. Não que fosse enorme. Na verdade, até um pavão seria enorme para minha idade. Mas o homenzinho exibia duas corcovas nas costas. Ou seria uma? não me recordo se parecia um camelo ou um dromedário.
As corcovas eram maiores que sua cabeça e muito maiores do que a minha, e eu não enxergava absolutamente nada.
Não assisti aos filmes de minha infância. Assisti as corcovas do sujeito, que usava um terninho apertado.
As corcovas se mexiam, como se houvesse alguma coisa ali escondida. Um imensa barriga que vinha das costas.
Uma imensa barriga com fome. Havia barulho de pombas se mexendo.
Todo filme acabava sendo de terror, pelo medo que guardava das corcovas.
A minha irmã não queria trocar de lugar comigo. Ainda me falou aos ouvidos que ele era um anjo.
Como anjo não pode entrar no cinema, precisava engavetar as asas. Fiquei com mais medo dele ainda. Como poderia gritar ao anjo:" Saia da minha frente!" Seria horrível não poderia fazer mais a primeira comunhão. Eu estava no banheiro quando, atrás de mim, entra o homenzinho.
Ai, meu Deus. Quase volto, mas finjo que lavo as mãos. Ele começa a tirar o casaco.
Faltou coragem para olhar aos lados. Juro que ouvi um vento fortíssimo secando meu rosto e arrepiando os cabelos. A janela apareceu aberta.
Fabrício Carpinejar
Postado por Hérika Prazeres.
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
POR ONDE ANDARÁ...
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