Ao despertar da dor
A exatidão do tempo rompe o silêncio
Em rascunhos e fagulhas.
De novo o alvorecer, sonho retirante a abrir feridas
O corpo se desfibra e arde novamente
O sol, condenado a nascer, recorta as vísceras
E espalha pelos escombros de qualquer mercado
Flores e lástimas cobertas de vítimas.
Não mais vozes do silencio
Agora mapas do acaso
Não mais amores vãos
Agora resquícios de orgasmos
nada mais escuro
Agora louvores
Cores e atores
Abram as cortinas para o teatro corrosívo do dia
Pois repleto de dramas
Recomeça mais um grande ato amargo e mágico de viveres.
Edilberto Villanova
segunda-feira, 21 de julho de 2008
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