sábado, 27 de setembro de 2008

Outras partes

Não chores como eu
Invente uma arte
Não fique falho como eu
Pois existe outro
Que se encontra em qualquer parte
E quem está aqui
Não sou eu nem o outro
É apenas a parte louca
Que contesta a novela volúvel
Que insiste no mesmo capítulo
Quando brota um novo jornal
Porém, com o mesmo noticiário.
Variável dor
Que não sabe se dói ou se desfaz o amor.
Amor?
Será o amor condenado, calculado, sacrificado,
Servido à mesa num prato raso?
Mas, não chores como eu
Invente uma arte
Pois quem está aqui
Não sou eu nem a parte louca,
Agora é o outro
Que vem de outras partes
E se reparte em arte.


Edilberto Vilanova

Nenhum comentário: